Modelo | P-47N | |
Nº de Variantes | 5 | |
Motor | Um Pratt & Whitney R-2800-77 Double Wasp radial a pistão de dezoito cilindros e 2.800hp | |
Nº de Série / Variante / Quant. Produzida |
44-87784/88333 - N-1-RE 44-88334/88883 - N-5-RE 44-88884/89083 - N-15-RE 44-89084/89283 - N-20-RE 44-89284/89450 - N-25-RE 45-49975/50123 - N-20-RA |
550 / 3,51% 550 / 3,51% 200 / 1,28% 200 / 1,28% 167 / 1,06% 149 / 0,95% |
Entrega (Início) | Dezembro de 1944 | |
Entrega (Fim) | Dezembro de 1945 | |
Quantidade | 1.816 | |
Operadores | EUA - USAAF (US Army Air Force) |
Em 1944, a discussão entre os aliados havia mudado de como vencer a guerra para quando terminá-la. Após a invasão da Normandia, em junho de 1944, nenhuma dúvida restava quanto ao lado que venceria, porém, nas operações no front do Pacífico, os avanços eram mais demorados devido a dois fatores principais: a) a geografia onde se davam os combates era muito diferente da Europa, com ilhas espaçadas, terreno irregular e clima imprevisível e, b) forte resistência japonesa, muitas vezes guiada pelo fanatismo, o que tornava os combates em lutas ainda mais ferozes.
Com tudo isso, o apoio aéreo era fundamental, fosse de bombardeios táticos através de aeronaves menores - os caças-bombardeiros, ou bombardeios a alvos estratégicos - fábricas e infra-estrurura - em pleno território japonês executados principalmente pelos B-29.
Nesse contexto, caças com maior alcance que os que operavam na Europa eram uma necessidade para a função de escolta dos B-29 em missões de longo alcance, que ultrapassavam os 4.800 km contra metade desse valor na Europa.
Uma versão de longo alcance para o P-47 era uma escolha óbvia por se tratar de uma aeronave já aprovada em combate e, em 1944, quatro células de P-47D-27-RE (números de série 42-27385/27388) foram retiradas da linha de montagem em Farmingdale recebendo o motor Pratt & Whitney R-2800-57 Double Wasp. Ele produzia 2.800 hp a 9.900 m de altitude. Esse P-47D de alto desempenho foi rebatizado de YP-47M, mais tarde P-47M, usado no combate aos novos jatos da Luftwaffe e as bombas-foguete V-1.
Acontece que a autonomia do modelo "M" não era suficiente para atender as necessidades da guerra no Pacífico e, então, o terceiro modelo de P-47D-27-RE do lote original de quatro (número de série 42-27387) teve sua asa trocada por outra de envergadura maior e desenho reto nas pontas. Essa nova versão de alcance extendido foi chamada de XP-47N e incluía uma novidade no projeto do Thunderbolt, dois tanques internos de combustível com capacidade para 353 l em cada asa, coisa comum entre outras aeronaves. Com isso a capacidade total dos tanques elevou-se para 4.792 l e o alcance subiu para 3.782 km.
Graças ao novo desenho da asa, o P-47N apresentou melhoria no rolamento e manobrabilidade. A aleta que havia sido instalada no modelo D-27-RE para resolver o problema de estabilidade direcional em função da alteração do tipo de capota (bolha no lugar da "razorback") acabou sendo aumentada.
Por último, o aumento na capacidade de combustível elevou o peso máximo da aeronave e obrigou a equipe de engenheiros a fortalecer o conjunto de trens de pouso que provocou mais aumento no peso - 9.839 kg, ou 23,95% a mais que no modelo "D" e 79,48% a mais que o modelo "B" original, o qual já era considerado um avião pesado.
O modelo "N" também teve serviço destacado no Pacífico assim como seus irmãos "D" e "M" na Europa. Foi empregado em missões de escolta aos B-29 operando de bases em Saipan, uma das Ilhas Marianas, e indo até o território japonês. Ao todo, 1.667 unidades do modelo "N" foram produzidas na fábrica de Farmingdale entre dezembro de 1944 e dezembro de 1945, e mais 149 em Evansville. O pedido original de 5.934 acabou sendo cancelado com o fim da guerra transformando o modelo "N" não apenas no P-47 de maior alcance como também no último a ser produzido em série.
Matérias relacionadas