Republic P-47 Thunderbolt Sentando a Pua! - A aviação militar brasileira na Segunda Guerra


P-47 no Pacífico

Parte III: Thunderbolt em Ação

História

Em fins de dezembro de 1943 aportava na Austrália o primeiro lote de caças Republic P-47D Thunderbolt. Nessa época eles já combatiam as forças nazistas na Europa há nove meses e haviam conquistado boa reputação apesar da resistência de alguns pilotos em relação ao seu tamanho fora do normal para um caça da época.

Os primeiros Thunderbolts foram entregues ao 348th FG da USAAF, subordinado à 5th AF. Esse grupo ficou sediado em Port Moresby, Nova Guiné, até dezembro de 1943 quando então chegaram os primeiros P-47D sem pilones sob as asas para carregar bombas e com apenas um tanque externo (ventral) com capacidade para 757 l (200 galões).

Até o final da guerra em agosto de 1945, os Thunderbolts nas versões D e N foram distribuídos por quatorze grupos de caça (FG - fighter group) da USAAF, dezeseis esquadrões da RAF (Royal Air Force) e um da Força Aérea Mexicana, o 201 Escuadron de Peleo que operou subordinado ao 318th FG da USAAF. Segundo a Força Aérea do Exército Americano, a mesma operava nessa época 1.329 P-47 contra 391 em fins de 1943, início de sua carreira no Pacífico, ou seja, um aumento de 239,90%.

Outras Partes do
P-47 no Pacífico


Pesado versus leve

O confronto entre os Thunderbolts e os Bf-109 e Fw-190 na Europa havia ensinado a seguinte lição: os P-47 são mais rápidos e mais resistentes mas de modo algum mais ágeis que seus adversários.

Acontece que tal lição deveria ser ainda mais penosa em relação aos caças japoneses, reconhecidamente os mais ágeis entre os inimigos. A ordem era para os pilotos de P-47 evitarem o confronto direto abaixo dos 15.000 pés com os Ki-43 Oscar, Ki-84 Frank, Ki-61 Tony e A6M Zero, executando mergulhos fulminantes, disparando seu armamento e saindo em potência militar.

Mobilidade

No teatro europeu, as bases estavam localizadas em sua maioria na Inglaterra e algumas poucas no norte da África e sul da Itália. Somente após a invasão aliada na Normandia (Dia D) em junho de 1944 houve condições para a instalação de novas bases mais próximas do território inimigo. No Pacífico, ao contrário, as bases eram ilhas que mudavam de mãos rapidamente ou os próprios porta-aviões.

Foi nesse cenário que os Thunderbolts desempenharam, primeiramente, o papel de caça, depois o de aeronave de ataque, e, finalmente, o de escolta para bombardeiros de longo alcance. Talvez o melhor papel do P-47 tenha sido no apoio cerrado às tropas de fuzileiros que desembarcavam nas ilhas ocupadas. Operando a partir de pequenos porta-aviões, os chamados porta-aviões de escolta como o USS Natoma Bay ou USS Manila Bay, eles realizavam ataques maciços contra as posições japonesas, que por sinal eram extremamente bem defendidas.


A busca pelo melhor alcance

A escolta foi, de fato, o último papel dos P-47 pois havia dois problemas logísticos:

  1. encontrar pistas grandes e seguras o suficiente para que os B-29 Superfortress pudessem operar e,
  2. os P-47 precisavam aumentar consideravelmente seu alcance já que em 1943 os aliados ainda se encontravam muito distantes do arquipélago japonês.


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