A região da Manchúria, localizada na região norte da China fazendo fronteira com a península coreana e a Sibéria, era uma região rica em recursos naturais e sob o controle de uma força militar mal treinada e equipada. O Império Japonês, que por ser um pequeno arquipélago com população crescente necessitava de todos os recursos disponíveis, possuía uma força militar considerável além de seus comandantes também exercerem poder político sobre os destinos do Japão.
Desde 1895 a península coreana havia sido anexada ao Japão através da primeira guerra sino-japonesa (1894-95). Em 1931, o Exército Japonês simulou um ataque em sua própria guarnição localizada em Mukden e usou-o como pretexto para contra-atacar os chineses e atingir seu objetivo, invadir e anexar a Manchúria, que passou a chamar-se de Manchukuo.
A guerra ficou restrita a pequenas ações de ambas as partes até 1937, quando o Exército Japonês forjou um novo ataque próximo a Pequim, no que ficou conhecido como Incidente da Ponte Marco Polo. Imediatamente, o conflito se alastrou em larga escala por todo o oeste da China resultando na conquista de boa parte das cidades costeiras pelos japoneses.
Em dezembro daquele ano, a capital do governo chinês de oposição, Nanjing, foi ocupada pelas Forças Japonesas. Como a cidade era habitada por muitos estrangeiros foi feita uma evacuação através de navios por parte dos EUA, Reino Unido e Holanda.
Poucos meses antes, em abril, o capitão da reserva do USAAC (United States Army Air Corp), Claire L. Chennault foi convidado pela esposa do líder nacionalista Chiang Kai-shek para ajudar a reorganizar a Força Aérea Chinesa. Sua missão seria de três meses mas ele acabou permanecendo na China até o final da Segunda Guerra em 1945. Em 15 de abril de 1941 criou o AVG (American Volunteer Group), composto por pilotos americanos da reserva do Exército e Marinha.
Em 20 de dezembro de 1941, os Curtiss P-40 pintados com boca de tubarão do AVG entraram em combate pela primeira vez na defesa de Rangum. Naquela data, Pearl Harbor já havia sido bombardeada e os EUA declarado guerra aos países do eixo (Alemanha, Japão e Itália).
A Força Aérea Japonesa estava muito mais bem equipada que seus inimigos chineses, contando com equipamentos de concepção moderna para a época além de possuírem tripulações com treinamento altamente qualificado.
Até a entrada dos EUA na Segunda Guerra, em 7 de dezembro de 1941, as aeronaves mais utilizadas pela resistência chinesa eram de origem soviética - bombardeiros Tupolev SB-2 e caças Polikarpov I-15 e I-16. A URSS também forneceu suporte de pessoal enviando pilotos para treinar os chineses além de também terem atuado na linha de frente.
aeronave | origem | tipo | ano | produzidos |
Nakajima Ki.27 otsu | Japão | caça | 1937 | 3.399 |
Fiat B.R. 20 Cicogna | Itália | bombardeiro | 1936 | 700 |
Mitsubishi Ki.30 | Japão | bombardeiro leve | 1938 | 706 |
Mitsubishi Ki.21-I | Japão | bombardeiro | 1937 | 2.064 |
Mitsubishi Ki.15-I | Japão | reconhecimento | 1937 | 439 |
Mitsubishi A5M4 | Japão | caça | 1936 | 1.094 * |
aeronave | origem | tipo | ano | produzidos |
Tupolev SB-2 (SB/M-100A) | URSS | bombardeiro | 1936 | 6.831 |
Curtiss BT-32 Condor | EUA | bombardeiro pesado | 1934 | 65 |
Dewoitine D.510 | França | caça | 1935 | 121 |
Curtiss Hawk III | EUA | caça-bombardeiro | 1935 | 139 |
Polikarpov I-16 Tipo 10 | URSS | caça | 1935 | 9.450 * |
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