Modelo | A6M5 modelo 52 |
Fabricante | Mitsubishi Internal Combustion Engine Co. (atualmente Mitsubishi Heavy Industries) |
País de Origem | Japão |
Primeiro Vôo | Agosto de 1943 |
Motor | Um Nakajima NK1F Sakae 21 radial de 1.130 hp |
Envergadura | 11,00 m |
Comprimento | 9,12 m |
Altura | 3,51 m |
Peso (vazio) | 1.876 kg |
Peso (máximo) | 2.733 kg |
Velocidade (máxima) | 565 km/h |
Teto (operacional) | 11.740 m |
Razão de Subida | 960 m / min. |
Alcance | 1.920 km com tanques externos |
Armamento | No nariz, uma metralhadora pesada Type 3 de 13,2 mm e uma leve de 7,7 mm. Em cada asa, um canhão Type 99, uma metralhadora Type 3 de 13,2 mm externa ao canhão e uma bomba de 66 kg. |
Quantidade | n/d |
Foi em 1937, que o projetista Jiro Horikoshi começou a criar um caça para a Marinha Imperial Japonesa e que acabaria se tornando o principal avião de ataque das Forças Imperiais Japonesas.
A especificação indicava que o novo caça seria baseado em porta-aviões e teria maneabilidade equivalente a de seu antecessor, o A5M, que possuia excepcional agilidade. O armamento consistiria de dois canhões de 20 mm, duas metralhadoras Type 89 de 7,7 mm iguais a do A5M e capacidade para duas bombas de 60 kg. Também deveria contar com equipamento completo de rádio e um motor que garantisse velocidade de 500 km/h e autonomia de oito horas de vôo.
O novo avião surgiu com fuselagem entelada, flapes ventrais, trem de pouso móvel e motor radial com hélice de passo variável. Ao contrário do A5M, seu antecessor, recebeu uma capota. Sua designação era A6M - "A" para caça embarcado e "6M" para sexto modelo da Mitsubishi. Ficou conhecido por "Reisen" ("rei-sen", caça zero).
Em 1º de abril de 1939, cinco meses antes de estourar a guerra na Europa, o A6M1 fez seu primeiro vôo onde mostrou sua ótima maneabilidade porém, também deixou claro sua maior fraqueza, a velocidade, que atingiu apenas 490 km/h.
Em 28 de dezembro daquele ano voava o A6M2 com outro motor, o Nakajima Sakae 12 de 925 hp ao invés do Mitsubishi Zuisei 13 de 780 hp. Com o problema de desempenho resolvido, foi liberado para entrar em produção em julho de 1940. Quinze deles foram enviados para a China, onde seriam avaliados em combate. O 12º Rengo Kokutai foi a unidade escolhida para os testes. Em 13 de setembro de 1940 conquistaram a primeira de 99 vitórias antes do início da guerra no Pacífico em 7 de dezembro de 1941.
Em junho de 1941, seis meses antes do ataque à base americana de Pearl Harbour, a versão mais moderna do Zero era a A6M3 que contava com novo motor Sakae 21 de 1.130 hp, permitindo um ganho na velocidade mas prejudicando o raio de curva. Quando iniciou a Guerra do Pacífico, o Zero não possuía oponentes - Curtis P-40, Curtiss-Wright CW-21A, Brewster Buffalo e Hawker Hurricane I não conseguiam fazer frente ao caça da Marinha Imperial.
Foi em junho de 1942 que os americanos começaram a desvendar os mistérios daquele caça, graças a captura de um A6M2 que fizera pouso forçado numa ilha deserta. O motor, para privilegiar a autonomia, desenvolvia pouca potência, além disso, a excelente maneabilidade resultava de uma estrutura extremamente leve que sacrificava a blindagem de proteção do piloto e outras partes vitais do avião. Como não possuía comandos hidráulicos os pilotos se cansavam muito durante um "dogfight".
Com a formulação de novas táticas de combate baseadas nas informações obtidas do avião capturado e a entrada em serviço dos novos Grumman F6F Hellcat e Vought F4U Corsair a vantagem do Zero desapareceu.
Outro fator que pesou muito foi a mudança de rumo na guerra do Pacífico. A partir das Batalhas de Coral Sea e Midway em meados de 1942, a Força Japonesa passou da ofensiva para defensiva, com grandes perdas materiais e, principalmente, humanas. Os pilotos japoneses, antes extremamente bem preparados e com ampla experiência em combate passaram a ser substituídos por jovens que, para atender a forte demanda do front, recebiam um rápido treinamento. Um Zero pilotado por um ás podia ter suas deficiências contornadas e suplantar caças melhores mas pilotado por um jovem não.
O modelo A6M5 foi o mais produzido e uma tentativa de resolver os problemas de desempenho e blindagem. Em meados de 1943, quando eles chegaram em grandes quantidades à linha de frente, conseguiram reequilibrar os combates contra os Hellcats. Seu sucesso se deveu a uma nova asa de ponta fixa e revestimento mais espesso, permitindo mergulhos e velocidades maiores. Essa mudança acrescentou 189 kg ao avião sem que sua manobrabilidade fosse comprometida. Mas de pouco adiantou todo esse desenvolvimento já que aquela altura, o curso da guerra estava traçdo e a superioridade aliada em termos de recursos materiais e humanos era esmagadora.
Ainda existiram outras versões do Zero após o A6M5. As mais importantes foram o modelo A6M6 com motor Sakae 31 mais potente, a base de injeção de água/metanol e que entrou em serviço no final de 1944 e a A6M7, último modelo a entrar em produção, com capacidade para uma bomba de 250 kg e um tanque alijável em cada asa. O A6M8 equipado com motor Mitsubishi Kinsei 62 de 1.560 hp, ou seja, 69% mais potente que o motor da primeira versão, não teve tempo de entrar em produção.
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